Um mau ensinamento

Na escola, em casa, assistindo a televisão, lendo livros e jornais, nos diálogos à mesa com meus pais, tios e tias, só aprendi que roubar não vale a pena. Não vale porque se acaba na prisão, não vale porque Deus nos condenará ao inferno. Dessa forma, programei minha vida para respeitar os ensinamentos.

“Ganhar é dando duro”, dizia-me um tio fanático pelo trabalho. Depois entendi que não é apenas isso; a inteligência, a perseverança, as maneiras, o faro e, claro, a sorte contam muito.

Entre o sucesso e o fracasso a distância pode ser apenas um detalhe, um fio de cabelo, uma palavra a mais ou a menos. Nem sempre é aumentando a dose de esforços que se chega lá. Verifiquei, na prática, que a capacidade de parar, de não entrar, de sair perdendo um pouco é muito melhor que uma abnegação cega.

Os princípios morais que recebi em juventude, como de resto recebeu quase toda a minha geração, me deram de viver num mundo de inquietações de coincidência, de análises morais.

Tive o privilégio de assistir à punição exemplar de mazelas que vinham a público. Minha mãe dizia: “Você viu o que acontece...”, pois com os delinquentes aconteciam “coisas feias”.

Frequentemente, o sujeito que tinha caído em tentação punha fim à vergonha cortando as veias ou acertando a própria têmpora com um disparo. Não é mais assim.

Os parâmetros de moralidade se alteraram profundamente. Regrediram. Hoje se nega a evidência com a maior cara limpa. A desfaçatez leva os mais amorais a rirem, a comemorarem, a sambarem no plenário de um parlamento.

Os impunes são recebidos em grupo no gabinete presidencial e recebem afagos. Mas o que estarrece é que esses transgressores (assaltantes da coisa pública) – que, nos tempos dos motores à manivela, encerravam sua carreira com um gesto fatal – hoje se candidatam de novo ao cargo que enlamearam.

E pior, quase todos se reelegem ensinando aos jovens que “vale a pena roubar”, sobretudo roubar muito.

Uma Vergonha!

Uma apologia ao crime, o que apenas tem acontecido aqui nesse pais
nada alem disso, hj em dia seja em musicas,discursos, familias, escolas
seja onde for nao importa de que forma vai ser, é o que prega por aqui.
Hj nao se ver jovens preocupados com boa conduta um futuro melhor
que seja, estao preocupados apenas com os crimes, o tao falado dinheiro facil (roubar muito) ou seja impussivel nao prever um futuro precario
para o nasso pais......
Realmente Tosta uma vergonha quase generalizada...
Obs: Sobre o meu comentario quero dizer que toda regra te sua exeção.